O senador Jayme Campos, do Mato Grosso, votou recentemente a favor da recriação do seguro obrigatório para veículos, denominado SPVAT (Seguro Obrigatório para Proteção de Vítimas de Acidentes de Trânsito), substituindo o antigo DPVAT. A decisão gerou uma série de críticas e debates, especialmente em sua base eleitoral, Várzea Grande.
A proposta do SPVAT foi aprovada pelo Senado com 41 votos a favor e 28 contra, destinando-se a substituir o DPVAT, que foi extinto em 2020 durante o governo Bolsonaro. O novo seguro, administrado pela Caixa Econômica Federal, tem como objetivo oferecer indenizações em casos de morte, invalidez permanente e cobrir despesas médicas, hospitalares e serviços funerários, garantindo suporte financeiro abrangente às vítimas de acidentes de trânsito.
Flávia Moretti, pré-candidata à prefeitura de Várzea Grande, criticou duramente a decisão de Jayme Campos. Ela argumentou que a reintrodução do “imposto” onerará ainda mais os cidadãos, destacando que o senador não considerou o impacto sobre a população ao apoiar a medida. Jayme foi o único senador mato-grossense a votar a favor, sendo decisivo para a aprovação do projeto, que necessitava exatamente de 41 votos.
Em defesa de seu voto, Jayme Campos afirmou que o seguro obrigatório é essencial para fornecer suporte imediato e necessário às vítimas de acidentes, especialmente para os mais desfavorecidos. Seu irmão, o deputado estadual Júlio Campos, também defendeu a medida, mas reconheceu que o momento pode não ser o mais adequado para introduzir um novo imposto, mesmo que de valor reduzido.
O debate sobre o SPVAT reflete a complexidade de equilibrar a necessidade de assistência financeira para vítimas de acidentes e a carga tributária sobre a população. Com a aprovação pelo Senado, a proposta segue agora para sanção presidencial, onde se espera mais discussões sobre seu impacto e implementação.
