O Pantanal, um dos biomas mais ricos em biodiversidade do planeta, enfrenta uma grave crise ambiental devido aos incêndios florestais que assolam a região em 2024. O estado de Mato Grosso do Sul, que abriga cerca de 70% do Pantanal brasileiro, decretou situação de emergência por 180 dias nos municípios afetados pelas chamas.
De acordo com Gustavo Figueiroa, biólogo do SOS Pantanal, os incêndios deste ano são 96% piores do que o recorde registrado em 2020, devastando mais de 600 mil hectares do bioma. A combinação de fatores como a seca prolongada e o aumento significativo das temperaturas no Mato Grosso do Sul, além dos impactos das queimadas na agropecuária pantaneira, levaram o governo estadual a tomar medidas urgentes.
Durante o período de emergência, a Defesa Civil do Mato Grosso do Sul coordenará ações focadas na reabilitação e reconstrução das áreas atingidas, mobilizando os órgãos estaduais envolvidos no enfrentamento do desastre. O decreto, assinado pelo governador Eduardo Riedel (PSDB), inclui parques, áreas de proteção e preservação nacionais, permitindo que agentes da defesa civil entrem em residências para prestar socorro, ordenar evacuações e utilizar propriedades particulares em situações de urgência.
Para garantir a continuidade das operações, o governo estadual dispensará a realização de licitações em casos de emergência ou calamidade pública, facilitando a execução de obras e a aquisição de equipamentos e serviços necessários para combater os incêndios e auxiliar a população afetada.
A situação alarmante do Pantanal evidencia a necessidade de medidas efetivas para a preservação desse importante bioma, que abriga uma vasta diversidade de flora e fauna. A mobilização de esforços por parte das autoridades e da sociedade civil é fundamental para conter o avanço das chamas e minimizar os danos causados ao meio ambiente e às comunidades locais.
