Rodrigo Pacheco critica decisão do STF de encerrar desoneração fiscal

Rodrigo Pacheco, Presidente do Senado, critica decisão do STF que termina com desoneração fiscal, alertando para uma potencial crise de confiança entre os poderes do governo.

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Rodrigo Pacheco critica decisão do STF de encerrar desoneração fiscal
Foto: Pedro Gontijo - Presidente do Senado vê crise iminente entre os poderes estatais

O Presidente do Senado, Rodrigo Pacheco (PSD-MG), fez duras críticas à decisão recente do Supremo Tribunal Federal (STF) que pôs fim à desoneração fiscal para diversos setores e municípios. Segundo ele, essa decisão é uma "vitória ilusória" para o governo do presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) e pode gerar uma crise de confiança grave entre os Poderes da República.

O conflito começou com a Medida Provisória nº 1.202, editada em dezembro de 2023 por Lula, que inicialmente acabava com os benefícios fiscais para 17 setores da economia e municípios com até 156.200 habitantes. Após um forte descontentamento expresso pelo Congresso, a medida foi parcialmente revogada em fevereiro.

Pacheco, falando aos jornalistas no Senado nesta terça-feira (30 de abril de 2024), argumentou que a questão já estava sendo discutida no Legislativo e que não havia necessidade de precipitação do governo em levar o assunto ao STF. Essa ação, segundo ele, não só expõe desnecessariamente o Judiciário, como também compromete a sua imagem frente ao público.

Essa situação evidencia a tensão crescente entre os Poderes no Brasil, num momento em que o governo procura apoio do Congresso para suas pautas prioritárias, mas enfrenta reclamações dos parlamentares de que acordos prévios não estão sendo respeitados. O cenário é de negociações complexas e de desafios contínuos na política brasileira.

Agora, com o STF ainda por decidir de forma definitiva sobre a questão, o clima político segue carregado de incertezas. A ação de Pacheco, que protocolou um recurso no STF na sexta-feira (26 de abril), mostra o descontentamento do Legislativo e destaca a importância do diálogo e da negociação na governança do país.