Em um ato que reuniu milhares de apoiadores na Praia de Copacabana, no Rio de Janeiro, o ex-presidente Jair Bolsonaro (PL) negou as acusações contra ele, exaltou o empresário Elon Musk e defendeu a liberdade de expressão. O evento, realizado neste domingo (21), foi convocado por Bolsonaro e organizado pelo pastor Silas Malafaia, presidente da Assembleia de Deus Vitória em Cristo.
Durante seu discurso, Bolsonaro afirmou ser inocente e que não atacou o sistema eleitoral, reiterando seu desejo de disputar eleições. Ele também teceu elogios a Elon Musk, dono da rede social X (antigo Twitter), por sua defesa da liberdade de expressão. As falas do ex-presidente fizeram referência aos recentes embates entre Musk e o ministro Alexandre de Moraes, do Supremo Tribunal Federal (STF), que determinou a suspensão de contas na rede social por divulgação de fake news.
Bolsonaro evitou citar diretamente o nome de Moraes, mas seus aliados, como o pastor Silas Malafaia, elevaram o tom das críticas ao ministro do STF e ao presidente do Senado, Rodrigo Pacheco. O ex-presidente também defendeu a anistia aos condenados pelos atos de 8 de janeiro e retomou a narrativa de que um eventual decreto de estado de sítio após sua derrota nas eleições de 2022 não seria um ato golpista.
Além disso, Bolsonaro classificou as eleições de 2022 como uma "página virada" e criticou o presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT), acusando-o de estar a favor do Irã e do Hamas no conflito do Oriente Médio. O ato também serviu para expor bolsonaristas que serão lançados nas disputas pelas prefeituras nas eleições de outubro.
