Bolsonaro processa União por acusações sobre sumiço de móveis do Alvorada

Bolsonaro processa União por acusações de Lula sobre sumiço de móveis do Alvorada. Ex-presidente pede indenização de R$ 20 mil e retratação após bens serem encontrados em dependências da Presidência.

· 1 minuto de leitura
Bolsonaro processa União por acusações sobre sumiço de móveis do Alvorada
Foto: Beto Barata - Ex-presidente pede indenização e retratação da Presidência

O ex-presidente Jair Bolsonaro e a ex-primeira-dama Michelle Bolsonaro entraram com um processo contra a União na Justiça Federal no dia 10 de abril de 2024, em resposta às declarações do presidente Luiz Inácio Lula da Silva sobre o suposto desaparecimento de móveis do Palácio da Alvorada. A ação judicial busca uma indenização por danos morais no valor de R$ 20 mil e uma retratação por meio de nota pública nos canais oficiais da Presidência da República. A polêmica teve início em 12 de janeiro de 2023, quando Lula afirmou que Bolsonaro teria levado móveis do Alvorada, questionando por que ele teria levado até mesmo a cama, sendo que os bens eram públicos. Na ocasião, a primeira-dama Janja convidou a imprensa para visitar o palácio e mostrar o estado em que foi deixado pelo ex-presidente.No entanto, mais de um ano depois, em 20 de março de 2024, a Secretaria de Comunicação Social da Presidência informou que os 261 móveis que estavam desaparecidos foram encontrados em diversas dependências da Presidência, incluindo no próprio Alvorada. A descoberta dos bens levantou questionamentos sobre a veracidade das acusações feitas por Lula.Esta é a segunda vez que Bolsonaro aciona a Justiça por esse caso. Na primeira tentativa, ele processou Lula diretamente no Tribunal de Justiça do Distrito Federal (TJDF), mas o pedido foi negado porque a ação deveria ser movida contra a União, por se tratar de bens públicos. A defesa de Bolsonaro argumenta que as declarações de Lula causaram danos à imagem e à honra do ex-presidente e de sua família, uma vez que as acusações foram amplamente divulgadas pela imprensa e nas redes sociais. Além disso, alega que a Presidência da República tem a responsabilidade de se retratar publicamente, já que os móveis foram encontrados em suas dependências. O caso expõe a tensão política que persiste entre Bolsonaro e Lula, mesmo após mais de um ano do início do terceiro mandato do petista. A Advocacia-Geral da União (AGU) ainda não se manifestou sobre o processo movido pelo ex-presidente.