Cuiabá, MT – A Câmara Municipal de Cuiabá aprovou, por maioria de votos, a instauração de uma Comissão Processante que poderá levar à cassação do prefeito Emanuel Pinheiro (MDB). Na sessão ordinária desta terça-feira (12), a decisão contou com 16 votos favoráveis e 8 contrários à investigação que mira o chefe do Executivo municipal, acusado de liderar um esquema de corrupção.
Os vereadores que votaram pela abertura da Comissão Processante representam diversas siglas, demonstrando um amplo espectro político unido na aprovação da investigação. Os votos contrários vieram de um grupo de parlamentares de diferentes partidos, refletindo a divisão na Câmara sobre o caso do prefeito.
A movimentação para a criação da comissão ganhou força após alegações de que Emanuel Pinheiro estaria à frente de uma organização criminosa que teria causado prejuízos significativos aos cofres públicos, especialmente na área da Saúde. Embora uma decisão do Superior Tribunal de Justiça (STJ) tenha revogado recentemente o seu afastamento, a Câmara Municipal optou por prosseguir com as investigações.
A Comissão Processante é formada por Edna Sampaio (PT), Rogério Varanda (MDB) e Wilson Kero Kero (Podemos), escolhidos por sorteio. Eles serão responsáveis por conduzir as investigações e apresentar um relatório final que poderá ou não recomendar a cassação do prefeito.
O pedido para instaurar a comissão foi motivado por denúncias graves e veio na esteira de um afastamento determinado pelo Tribunal de Justiça de Mato Grosso, colocando em xeque a continuidade de Emanuel Pinheiro na prefeitura. Com a comissão agora em funcionamento, esperam-se avanços nas investigações, que devem esclarecer as acusações e determinar as responsabilidades.
A situação coloca a gestão municipal sob intensa observação, com desdobramentos que podem alterar significativamente o cenário político de Cuiabá. Os próximos passos da Comissão Processante serão cruciais para definir o futuro político do prefeito Emanuel Pinheiro, em um contexto de acirradas discussões sobre governança e ética na administração pública da capital mato-grossense.
