O setor público consolidado, que engloba governo federal, estados, municípios e empresas estatais, registrou um déficit nominal de R$ 113,858 bilhões em fevereiro de 2024, segundo dados divulgados pelo Banco Central nesta sexta-feira (05). O resultado ficou significativamente acima das expectativas do mercado financeiro.O déficit primário, que não considera os gastos com juros da dívida pública, atingiu R$ 48,7 bilhões no mês, sendo o pior desempenho para o mês de fevereiro desde o início da série histórica. Esse número evidencia a dificuldade do governo em equilibrar as contas públicas.Como consequência do resultado negativo, a dívida bruta do governo geral aumentou para 74,6% do Produto Interno Bruto (PIB) em fevereiro, enquanto a dívida líquida do setor público alcançou 60,9% do PIB no mesmo período.Ao considerar o déficit nominal acumulado nos últimos 12 meses, que inclui as despesas com juros, o rombo fiscal ultrapassou a marca de R$ 1 trilhão, o maior valor registrado desde fevereiro de 2021. Esse cenário fiscal adverso ressalta os desafios enfrentados pelo governo para equilibrar as contas públicas em um contexto de desaceleração econômica e pressões por aumento de gastos.Os indicadores fiscais de fevereiro vieram abaixo das projeções do mercado e reforçam a necessidade de medidas efetivas para conter o déficit e estabilizar a dívida pública. O governo terá que buscar um delicado equilíbrio entre a responsabilidade fiscal e a manutenção de investimentos e programas sociais essenciais para a recuperação da economia brasileira.
Déficit nominal do setor público atinge R$ 113,8 bilhões em fevereiro, aponta BC
Déficit nominal do setor público atinge R$ 113,8 bi em fevereiro, pior resultado da série histórica. Dívida bruta sobe para 74,6% do PIB. Números ressaltam desafio do governo em equilibrar contas públicas.
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