A política mato-grossense ferve com a escalada da tensão entre o governador Mauro Mendes e a deputada estadual Janaína Riva. O epicentro da discórdia reside na execução das emendas parlamentares, ferramenta crucial para o financiamento de projetos nos municípios. Mendes categoriza Riva como oposição, justificando o atraso no pagamento das emendas como um ônus democrático. A deputada, por sua vez, acusa o governo de represália política, alegando que o bloqueio das verbas impede a concretização de iniciativas vitais para a população.
A raiz da divergência remonta à disputa pela Primeira-Secretaria da Assembleia Legislativa, onde a influência do Palácio Paiaguás teria frustrado as aspirações de Riva. A deputada, outrora aliada, agora se posiciona como voz crítica, denunciando o que considera um abuso de poder. Mendes, por sua vez, desafia as acusações, exigindo que as críticas se baseiem em fatos e não em "mentiras".
A ameaça de Riva de recorrer ao Judiciário eleva o conflito a um novo patamar, prenunciando uma batalha judicial que poderá reverberar em todo o cenário político estadual e na próxima eleição. A judicialização da disputa pelas emendas parlamentares expõe a fragilidade do diálogo entre os poderes e a crescente polarização na política mato-grossense. O desfecho desse embate promete impactar a distribuição de recursos, a governabilidade e o equilíbrio de forças na Assembleia Legislativa, com implicações diretas para a população e para o futuro político de todo estado.