Um grupo composto por profissionais da saúde, pesquisadores e pessoas que sofrem com sequelas da Covid longa enviou uma carta ao presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) e à ministra da Saúde, Nísia Trindade, solicitando o início da campanha de vacinação contra o coronavírus no Sistema Único de Saúde (SUS) com doses atualizadas para a variante XBB.
De acordo com o Ministério da Saúde, a previsão é de que as doses atualizadas cheguem na próxima semana. Entretanto, o grupo ressaltou que essa vacina já está disponível para a população do Hemisfério Norte desde setembro de 2023, com dose de reforço liberada para a imunização de idosos nos Estados Unidos desde fevereiro de 2024.
O coletivo também destacou a ausência de coleta de dados sobre indivíduos que enfrentam sequelas pós-Covid e criticou a narrativa propagada de que o vírus não representa mais uma ameaça. A comunidade científica e outros grupos lançaram um abaixo-assinado exigindo a entrega das vacinas preparadas para as novas variantes e a implementação de medidas adicionais para fortalecer o combate à doença, que vitimou pelo menos 3.012 pessoas em 2024, aproximadamente o dobro das 1.544 mortes confirmadas por dengue no mesmo período.
Em 27 de fevereiro de 2023, durante o lançamento do Movimento Nacional pela Vacinação, o presidente Lula recebeu a dose bivalente da vacina contra a Covid-19. Apesar da circulação de notícias falsas alegando que ele não teria sido efetivamente vacinado, o evento foi amplamente noticiado pela mídia e a Presidência desmentiu as informações inverídicas.
O Movimento Nacional pela Vacinação, lançado por Lula e pela ministra Nísia Trindade, prevê ações para ampliar a cobertura de todas as vacinas disponibilizadas pelo SUS. Nesta fase inicial, grupos prioritários, como idosos acima de 70 anos, imunocomprometidos, indígenas, ribeirinhos e quilombolas, serão vacinados em todo o território nacional.