Nesta terça-feira, o Partido Liberal (PL) e a federação formada pelo Partido dos Trabalhadores (PT), Partido Comunista do Brasil (PCdoB) e Partido Verde (PV) ingressaram com recursos no Tribunal Superior Eleitoral (TSE) solicitando a cassação do mandato do senador Sergio Moro (União Brasil-PR). As siglas alegam que o ex-juiz cometeu irregularidades durante sua campanha eleitoral em 2022.
De acordo com os partidos, Moro teria utilizado recursos de origem questionável para financiar sua candidatura, além de supostamente ter se beneficiado de propaganda irregular nas redes sociais. Os recorrentes argumentam que essas práticas violam a legislação eleitoral e justificam a perda do mandato do senador.
O PL e a federação PT-PCdoB-PV solicitam que o TSE investigue minuciosamente as denúncias e, caso comprovadas as irregularidades, determine a cassação imediata de Sergio Moro. Os partidos ressaltam a importância de preservar a lisura do processo eleitoral e a necessidade de punir eventuais infrações cometidas por candidatos.
Procurada pela reportagem, a assessoria de imprensa do senador Sergio Moro informou que ele ainda não foi notificado oficialmente sobre os recursos, mas que está tranquilo e confia na regularidade de sua campanha. Moro afirma que todas as doações recebidas foram devidamente declaradas e que sua equipe seguiu rigorosamente as normas estabelecidas pela Justiça Eleitoral.
Cabe agora ao TSE analisar a admissibilidade dos recursos apresentados pelo PL e pela federação PT-PCdoB-PV, para então decidir se abrirá uma investigação formal sobre as acusações contra o senador Sergio Moro. Caso o tribunal entenda que há indícios suficientes de irregularidades, o processo poderá resultar na cassação do mandato do ex-juiz.