A atmosfera política em Cuiabá se tornou mais tensa após recentes desdobramentos que afetam o prefeito Emanuel Pinheiro (MDB) e sua esposa, a primeira-dama afastada Márcia Pinheiro. Em seu perfil nas redes sociais, Márcia manifestou descontentamento com a justiça, citando palavras do Pastor Daniel Vieira da Silva e insinuando uma falha no sistema judicial, mencionando privilégios e a existência de uma justiça desigual.
O contexto dessa manifestação é o afastamento do prefeito Emanuel Pinheiro, determinado pelo Tribunal de Justiça de Mato Grosso (TJMT), por alegada participação em um esquema criminoso que impacta diretamente a saúde pública da Capital. As acusações do Ministério Público Estadual (MPE) incluem má gestão de recursos e sonegação fiscal, com um deficit reportado de R$ 350 milhões em pagamentos a fornecedores e impostos não recolhidos.
As medidas impostas pelo desembargador Luiz Ferreira da Silva são amplas, proibindo o contato de Pinheiro com uma série de figuras ligadas à administração municipal e ao escândalo. As restrições ecoam nas determinações para Célio Rodrigues, Milton Corrêa e Gilmar de Souza, também envolvidos no caso.
Enquanto aguarda notificação oficial sobre seu afastamento, o prefeito tem espaço para recorrer da decisão, com prazo de 15 dias para apresentar recurso. Esta não é a primeira vez que Pinheiro enfrenta a suspensão de suas funções; um evento similar ocorreu em outubro de 2021, com posterior retorno ao cargo concedido pelo Superior Tribunal de Justiça (STJ).
Com o afastamento de Emanuel, o vice-prefeito José Roberto Stopa (PV) prepara-se para assumir o controle do Executivo municipal, aguardando as próximas movimentações legais e políticas. Enquanto isso, a Prefeitura de Cuiabá promete manifestar-se oficialmente assim que receber a notificação judicial.