Em uma reviravolta recente no Tribunal Superior Eleitoral (TSE), o julgamento que poderia resultar na cassação do mandato do senador Jorge Seif está agora focado na coleta de novas provas. As investigações giram em torno do uso potencial de aeronaves da empresa Havan, propriedade do empresário Luciano Hang, durante a campanha eleitoral de 2022.
A nova fase do julgamento exige que a Havan forneça, dentro de 48 horas, detalhes completos dos prefixos de todas as aeronaves utilizadas no período de janeiro de 2022 a março de 2023. Essa solicitação inclui especificar se os aviões estavam sob propriedade, aluguel, cessão ou doação e se estavam à disposição da empresa ou de Luciano Hang.
Adicionalmente, aeroportos e aeródromos de diversas cidades catarinenses como São Miguel do Oeste, Balneário Camboriú, entre outros, citadas na ação, têm um prazo de 72 horas para fornecer registros de todas as decolagens e aterrisagens durante o período eleitoral. Isso inclui a exigência de uma lista de passageiros para qualquer operação de aeronaves ligadas à Havan.
Esse detalhamento busca esclarecer se as aeronaves foram usadas de forma imprópria para beneficiar a campanha de Seif, um ponto crucial das acusações de abuso de poder econômico levantadas contra ele. O TSE impôs uma multa diária de R$ 20 mil para o caso de descumprimento das medidas ordenadas.
Essas investigações adicionais seguem após o Tribunal Regional Eleitoral de Santa Catarina (TRE-SC) não ter produzido essas provas anteriormente, o que prolonga o processo e intensifica o escrutínio sobre as práticas eleitorais envolvidas.
